São
Paulo, 25 de outubro de 2018.
Caros
colegas, bom dia (boa tarde, boa noite).
É com a plena satisfação do dever
cumprido, como representante da Federação Latino-Americana de Psicoterapia
(Flapsi), que lhes enviamos este breve relato.
Nele, estão discriminadas as experiências que
vivenciamos antes e durante as duas edições do Congress on Mental Health realizadas em Moscou, na Rússia.
O tema de ambas – Meeting the needs of the XXI century: mental health and education –
deu-nos a oportunidade ímpar de conviver com psicoterapeutas de todo o mundo e
de intercambiar conhecimento e práxis.
Em 2013, durante praticamente todo o mês
de julho, participamos de um pré-Congresso no decorrer do first united Eurasian Congress for Psychotherapy, em São
Petersburgo.
Neste evento, apresentamos: 1) a intervenção psicoterápica que vimos
oferecendo, de forma voluntária, ao público-alvo da ONG Mamãe-Associação de
Assistência à Criança Santamarense[1],
instituição de caráter beneficente, social e educacional, que desenvolve ações
com crianças, adolescentes e adultos carentes da periferia da cidade de São Paulo,
Brasil; 2) um estudo clínico realizado no ambulatório de prematuros do
Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista
de Medicina (Unifesp-EPM), dada a relevância e a contemporaneidade do tema.
Ao final, recebemos o convite para
participar do comitê organizador internacional do I Congress on Mental Health, programado para os dias 7 e 8 de
outubro de 2016.
Ao I
Congress on Mental Health, apresentamos 1) questões relativas à prematuridade, atualmente, considerado um problema
mundial e crescente de saúde pública[2] a partir da constatação de
que as taxas de parto pré-termo vêm aumentando periodicamente em quase todos os
países e em todas as classes sociais, sobretudo em populações economicamente
carentes. Entre os países responsáveis por 60% dos casos, o Brasil ocupa o 10º
lugar. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a prematuridade no País é a
principal causa de morte no primeiro mês de vida e a segunda para as crianças
de até cinco anos de idade; 2) o
panorama da Psicoterapia no Brasil e na América Latina.
Após o encerramento do evento, novamente,
recebemos convite para integrar o comitê organizador internacional da segunda
edição do Congress on Mental Health, planejado
para o período de 5 a 7 de outubro de 2018, em Moscou, Rússia.
Como já se tornou tradicional ocorrer, o II Congress on Mental Health foi
realizado às vésperas do Dia Mundial da Saúde Mental, quando o mundo inteiro está
direcionado para as questões relacionadas à melhoria da saúde mental e das
práticas de cuidado.
Ao II
Congress on Mental Health, expusemos dois temas: 1) Saúde Mental: do singular ao comunitário, transitando por entre
realidades subjetivas e outras de fato; 2)
Prematuridade: porque devemos nos preocupar?
O tema da prematuridade foi exaltado na
abertura do Congresso e elencado como uma área de necessidade de atenção.
Participamos de duas outras atividades paralelas
à programação oficial: 1) um painel
de discussão no Laboratório WCP – Future
Lab –, cujo objetivo é destacar os principais problemas do sistema e a
compreensão presente dos programas de treinamento de futuros psicoterapeutas em
diferentes países, para oferecer novas soluções, cujo público-alvo são os
jovens psicoterapeutas; 2) uma
visita ao Rehabilitation Center for
Disabled Children, ONG fundada em 1991 e membro do Autism Europe’s Council of Administration.
Dando sequência à sua primeira edição, o II Congress on Mental Health tornou-se
uma plataforma global interdisciplinar e inter-setorial de discussão de estratégias
regionais em saúde mental.
Os comitês organizadores internacionais e
russos e o comitê científico criaram um programa que incluiu mais de 40 eventos
acadêmicos e culturais e permitiu aos participantes realizar uma discussão
aprofundada sobre o tema principal do Congresso – Saúde Mental e Educação.
O programa científico reuniu importantes
especialistas internacionais de mais de cinquenta países, representando
diferentes campos da ciência e de outras esferas alusivas ao indivíduo e à
sociedade.
Isto permitiu criar uma plataforma global
para o intercâmbio de experiências internacionais e melhores práticas sobre o benefício
da educação em saúde mental, bem como para a construção de uma rede
profissional e diferentes formas de cooperação com ONGs e comunidades
empresariais.
O II
Congress on Mental Health, realizado por iniciativa de organizações
não-governamentais russas que unem psiquiatras, psicoterapeutas, psicólogos,
educadores, economistas, advogados, trabalhadores nos setores da arte e dos
esportes, contou com o apoio do Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e
Ciência, o Ministério do Trabalho e Proteção Social e o Ministério do Esporte
da Federação Russa.
Como co-patrocinadores, teve a reunião de mais
de 2.000 pessoas e entidades como a Associação Mundial de Psiquiatria (WPA), a Associação
Mundial de Reabilitação Psicossocial (WAPR), a Associação Mundial de
Psiquiatria Social (WASP), o Conselho Mundial de Psicoterapia (WCP), a Associação
para a Melhoria dos Programas de Saúde Mental (AMH), a Associação Internacional
de Seguridade Social (ISSA), a Associação Internacional Autism Europe, a Associação Internacional de Gerontologia e
Geriatria (Seção Clínica da IAGG-Europa), além do apoio de muitos outros
institutos, associações e federações.
O resultado cientifico do II Congress on Mental Health pode ser
acessado na página oficial[3] do evento.
A terceira edição do Congress on Mental Health já tem data marcada. Acontecerá entre os dias 26 e 29 de junho de 2020, em parceria com o IX Congresso Mundial de Psicoterapia em Moscou, Rússia.
[1] MAMÃE Associação de Assistência à Criança Santamarense. Disponível em: <http://www.mamae.org.br/html/index.htm>
[2] Born too Soon: the global action report on preterm birth. Disponível em: <https://www.who.int/pmnch/media/news/2012/201204_borntoosoon-report.pdf>
[3] Declaration
Mental Health and Education. Disponível
em: